domingo, 17 de julho de 2011

QUALQUER DIA...


RENATA BEIRO

(17/07/11)


A noite escura
Convida-me à rua
Cada calçada
Tantas passadas
Vejo estrelas
Ruelas
E bares
Caminhante solitária
Degusto cenas
Há gente sozinha
Outras, companhia
Transeuntes ausentes
Muitos presentes
Provo cada cena
Eis que então
Elogiei a paixão
Parei
Como a tudo vendo
Num quadro
Um punhal irreal
Surreal
Me trouxe a lucidez
Despertei
E me libertei
Da ilusão
Da bela paixão
E me vi amando
Como quem está cuidando
Tivera sabido de espinhos
Arranhões não teria tido
Estarão os sonhos
Me enganando?
Na madrugada
Um vento sussurra
Das alcovas os segredos
De corpos que se desejam
E aquecem seu leito...
Chega a manhã
De novo a vida
E nessa ida e vinda
Nasce a ferida
A saudade
Uma vontade
De abraçar-te
Sentir de perto
Bem de pertinho
O teu amor e teus carinhos
O corpo ferve
Quero teu sangue
Aquele que verte
Perverte
Que mente e é caliente
Mas alimenta
A esperança
De muito em breve
E bem de leve
Estar contigo
Ah! Meu menino
Homem
Sangue latino
De tudo, um tempo há
Mas não poderia nunca
O de um sonho acabar
Se por uns tempos
Daqui me for
Fico a pensar
Que sentirás?
Lembra de mim
Seja a chorar
Ou a bailar
Numa hora qualquer
Se o ódio quiser chegar
Lembra que um dia
Te perdoei
Pra me esquecer
Lembra de ti
Segue a viver
E com prazer
Um dia volto
Vou te querer...

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