segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SOS MULHER VIII


RENATA BEIRO

(29/08/11)

PLANO BRASIL SEM MISÉRIA!

EU ACREDITO!!!


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Tantas Marias...
Maria das Dores,
Das Flores,
Aparecida...
Outras tantas
Desaparecidas...
Uma daquelas
Eu vi...
Femininas mãos
Tão suadas
Não amadas
Salvando parafusos da graxa...
Encardidas unhas
Em mãos tão novas e lavadas
Por tudo já deformadas...
Da mecânica de quintal
Nos fundos da casa
De Seu Fulano de Tal
Sai à noitinha
Esta Maria
Levando a féria do dia
Suados cinco "real"...
Bocadinho de feijão
Presente da mulher do Tal...
Cinco "real"
É real...
No barraco
Quer logo chegar
Bocas com fome
Alimentar...
Corre a Maria
Pedindo amém...
No armazém
Arroz e farinha
Não tem mais nenhum vintém
Amanhã é outro dia...
Chega na casa
Quer dar alegria...
Engole o choro...
Famintos olhinhos...
Serve a mesa
Que beleza!
Que venha a criançada...
Feijão doado
Arroz e farinha comprados...
O arroz é buga
A farinha de puba...
Comam e durmam bem!
Com menos fome também...
Amanhã é outro dia!
Te vira pra trazer comida...
És só mais uma Maria...
http://luciafilosofa.blogspot.com/2011/08/salve-mulherada.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

JOGO AO VENTO...


RENATA BEIRO (22/08/11)


Jogo ao vento
Sem arrependimento
O que trás dor, sofrimento...
Busco alegria
Felicidade
Liberdade
Verdades...
E liberta de tudo
Tudo que seja entulho
Jogo ao vento...
Até saudade de momento
Jogo ao vento...
Qualquer pensamento
De doce virado fel
Jogo ao vento...
As folhas mortas
Não têm mais mel
Jogo, jogo
Tudo ao vento...
Qualquer pesar
Descontentamento
Jogo ao vento...
Jogo até palavras
Ao vento...
De um tempo
Em que o carinho
Se fez real
Do vitral, espio
Vejo caminhos
Rumos tão desiguais...
Morte do delirar...
O vento
A tudo vai resfriar
Jogo ao vento...
Todos os pensamentos
Que a ti
Me façam lembrar
Jogo ao vento
E ao vento
Tudo vou jogar...





domingo, 21 de agosto de 2011

LIVRE...


RENATA BEIRO

(21/08/11)


Não faço
Apenas sonhar
E disso me encantar...
De todas as formas
Eu busco
Sonhos realizar...
De tudo
Nunca desisto...
De nada
Nunca duvido...
Quero mais, mais
E muito mais...
Nos braços do silenciar
Abraçar o meu pensar
Boa acolhida é essa
Na busca de me achar...
E, dest'arte, estar
No mais distante
Do meu voar...
Liberdade sem fronteiras
Numa louca sã loucura
Avidez da procura
Que de tudo me cura
Desnudo-me
Fico inteira
Sou livre a me amar...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VIAJANDO...


RENATA BEIRO

(19/08/11)


Eu me amo
Tu te amas
Ela e ele, também
Nós amamos
Todo mudo
Mas nem tod@s
Nos querem bem...
Isso pra mim
Não importa
Tenho portas a abrir...
Seguindo
Ando
Meu caminho...
Solta me quero
Leve...
Suave...
Qual uma pluma!
Alcançar
Sem dor alguma
Flocos alvos do céu...
Viajando pelas nuvens
Sinto-me e me sinto
Tão bem...
Vejo a terra
Tão tiquinha
Qual sonho de criancinha!!!
Pulo, de uma em uma
Sou leve, sou a pluma...
De Avalon
Vejo brumas
Soturnas???
Troco idéia
Com Morgana...
Saio de lá!
Dá-me gana!
Viandante de claras nuvens
Andei por vias errantes...
Sem juízo
Nenhum siso!!!
Por essas e outras
Vivo...
Pode valer...
A tod@s poder dizer
Com prazer,
Que o viver
De branca esperança
É vida de não lembranças
Qual rosário de trança...
É sim ,e por assim ser,
Uma alegria de viver...
Não tendo, ainda, de vez,
Em mãos, o que me fez aqui...
Por mim
Por ti
Por ela e ele são
Por nós
É o pão
Pão da vida
Vivida,
Como diria Lenine,
De muitos e muitos ÃOS

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SOS MULHER VII


RENATA BEIRO
(18/08/11)


Vinha pela noitinha
A mãe e as criancinhas
Estavam naquela casinha...
Vento bom
Vento mau
Chegada do vendaval...
Tinha o cinto como arma
Uma arma no cinto também
Calibre... não sei qual...
De tal intento
E "isento de qualquer mal"
Da família fazer exemplo
Continência!!!
Obediência!!!
O "bom" homem
Por livre arbítrio
Arbitrou
A mãe, pobre coitada,
De coito também gritou
No corre-corre
Culpa de ré
Não escapou de pontapés...
O calibre sobre a mesa
Era boa sobremesa
Vítimas de tal proeza
Os filhos assistiam em pé...
Passado um pouco de tempo
Ainda não satisfeito
De seu inventos "perfeitos"
Numa atitude democrática
O círculo, ele abriu...
As crianças agora choravam
Das pancadas que levavam...
A vida foi passando...
Ele se apossando...
Mas num dia
Não um qualquer
Acabou!!!
Inerte, ele tombou...
Mas herança deixou...
Lembranças tão doloridas
Choram, ainda, as vítimas
Herdeiras do desamor
Querendo mudar o mundo
Para viverem de amor...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MAGIA DA NOITE...

RENATA BEIRO (15/08/11)

Feitiço noturno
Nada soturno
Ocultos segredos
Nos recantos
Dos meus cantos...
Contemplo a noite
Sua magia
Me contagia
Minh'alma suspira
Tranpareço em versos...
Em minha cegueira
Escura
A noite
É clara
Revela-se qual abrigo
Do que penso
Penso e sinto
Construo e reconstruo
Insensatas proezas
Firmo também
Minha estrutura
Loucura alguma
Mergulho na magia
Da lucidez
Vejo um mundo
Desta vez
Tecido de palavras
Complexo
Sem explicação
Dona de minha pena
Crio o amor
Acabo o vento
Faço calor
Fico cantando
Co'as estrelas
Brincando...
Minha caneta inventa
Na madrugada
Encantada
Infindas paradas...
Escrevo em linhas
Sou poetisa
Adoro a brisa
E bem se diga
E por que não dizer?
Encontrem nas entrelinhas
Escritas minhas
Tudo aquilo
Que quiserem ver...



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Muito louco...


RENATA BEIRO
(12/08/11)


Vida loka
Louca e bela
Sem contos
De cinderela...
Quero velas
Muitas delas
Ver quão singelas
São as mazelas
Linda vida
A peça prega...
Sinto
Água
Aquarelas
Aqui
Em qualquer ruela
Até mesmo
Nas janelas
Amor, cravo e canela...
Desce noite
É escura
Silenciosos gritos
Me chamam à rua
Cigarro aceso
Distante olhar
Complicar o fácil
Isso sempre assim será...
Vejo o céu
E nele
A lua
Nua
A me clarear
Em divagações
Perdida
Viajo
Ao meu interior...
Tão depressa
Passa o tempo
O tempo passa
Na raça...
Vejo luz
Velas não apagadas?
Nada...
De mansinho
Bem devagarinho
Havia o céu mudado
Me enganado
Dando lugar ao dia
Chegado...
Era noite
Amanheceu!!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SOS MULHER VI



RENATA BEIRO

(11/08/11)

Na sala de jantar
Estava a apreciar
"Moça à janela"
Réplica de Dali
A irmã-modelo
Ana Maria...
E dali
Ouvi!
D'Oiapoque
Ao Chuí...


Os gritos
Eu ouvi!!!
Dali...
Eram tantos
Chorosos lamentos...
De tudo
Tudo ouvi...
Ali
Sofri
Senti
Como se fora em mim...
O ecoar gritado
Do socorro não dado
S/A de machistas ilimitados
Escondem nomes...
Tantas irmãs-marias
Pulando fino
Na folia
De companheiros
Nunca foram
Nenhum dia!
Marias
Gritam
Choram
Imploram
Socorro!!!
Ai, quem me vem???
Tentam salvar a si
As crias também...
Que dor...
Que horror...
Mas uma dessas
Maria
Deixa no papel escrito
De salvação uma veia
Sem "peia"
É Penha!!!
Machistas de carteirinha
Não perdoam
Quem seja Maria...
Réplica de Dali
Sofri
E vi
"Moça à janela"
Ana Maria
Mulher sem rosto
Bela figura dada...
Mulheres desfiguradas...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Hoje!!!








RENATA BEIRO


(10/08/11)


Hoje...
Nada a temer...
Pronta a receber
O melhor da alegria
Viver...
Desfrutar
O dia morrer...
Energizar-me
Renascer
Perceber
Merecer
Belezas nunca sonhadas...
De uma chave
Achada
Em madrugada
Nunca explicada...
Gritando,
Abra!
Abracadabra!
Caixa de sonhos...
Entre risos
Risadas
Riscos
Rabiscos
Ganhei
De verdade
Felicidade
Já traçada...

sábado, 6 de agosto de 2011

ELOS E HALOS...



RENATA BEIRO

E

PAULO CARVALHO


(05/08/11)





Calada, descalça
Com febre e leve
Pausas tem fim
Com simplicidade
Almejo
Felicidade em mim...
Desata aos dentes
Qual seja o ente
Ranja os dentes
Quem de repente
Deseja ardente
Sonhos nossos
Fazer sumir!
Quem sabe vistas
Amor altruísta
Ou egoísmo pagão
Vontade velada
Salvar a ti
Ou teu coração?
Tensão
Que se faz fusão
Debela paixão
Faz do amor
Explosão
Uma torrente
Mostra correntes
Do bem ou do mal...
Receio, qual?
Se nem consciência
Da minha louca inconsciência
Tens...
Vens...
Acertar e errar
Podemos
E...cada dia mais
Reconhecer sabemos
De tarde sermos
Tal como a harpa
Imaculada
Nunca tocada
Na esperança pálida
No segredo morremos
Um pouco mais a cada dia...
No desenlace
Se quer que lace
Inebriantes faces
Curar feridas
Curtidas, ardidas...
No entrelace de nós
E sabemos só nós
Já fomos halos e lavas
Erupção
Terá, ainda, esse vulcão?
Dizes que das correntes
Este é o mais forte elo
Que das antigas(correntes)
Resta imperfeito artigo
Que não és casco
Casca o que és...
De torrencial sensação
Tens na cabeça e no coração
O diferente
Será defeito
Chamado emoção?
Bobão, não és não...
Fabricar imperfeitos sonhos
É ser humano
Deixe de lado
A alucinação...
Do potente elo
Querer fugir...
E se cair?
Cairá pueril
Menino-criança
"Sou confiança,
Sou emoção
Imperfeição na ação"
Precisas de extrema-unção...
Romper o elo
É romper o halo
Robótico ser
Cibernético, sem coração
A maçã podre, dentre belas huanius
Teu defeito é perfeito
Romântico, sabes sentir...
Sejamos nós
Cá entre nós
Num verdadeiro e perfeito
Entrelaço de nós..
.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Não sei se sei...




RENATA BEIRO

(01/08/11)










Febre que não passa
É tristeza
Muito profunda
Alegria
Beirou a esperança
Mas a tristeza
É imensa
Posso
E consigo suportá-la
Um deslize
Não idealize
Quem alise
Acarinha
Troca até figurinha
Depois joga
Pro alto
Tal qual
Saco de farinha
Não entendo
Talvez nunca vá entender
Mas me pergunto
Por quê?
De juras
Seguras
Qual o quê!
Trazem à boca
Sabor de amarguras
Não magoei, não feri
Se pedi
Não recebi
Que importa
Vou abrir a porta
Comportas
Poetar, talvez
E dessa
Aprender de vez
Só comigo posso contar
Cantar
Bailar
Sorrir
Rir
E assim me vou
Perdoando
Mais uma vez
A ferida
Que me causou...