sábado, 28 de maio de 2011

Atingir Dilma com Lula é atingir Lula por Dilma


Há quase um ano, escrevi aqui no blog algo que me pareceu, desde então, óbvia: se Lula é Dilma, Dilma é Lula.

Não, é obvio, a mesma pessoa, não o mesmo estilo. Mas o mesmo projeto político.

E isso é, ou deveria ser, óvio. Embora muitos se esqueçam.

Disse, em agosto do ano passado, às vésperas do primeiro debate na televisão, que esta deveria ser a primeira regra a ser lembrada no raciocínio e na argumentação.

Este seria o enfrentamento.

Não tenho qualquer razão para modificar esta convicção.

E não creio que nossos adversários da direita pensem diferente.

Deles, disse que “o que vão dizer contra Dilma é o que gostariam de dizer contra Lula e não têm coragem eleitoral de fazer, diante da popularidade do presidente.”

Sei que a Presidenta tem essa compreensão, porque é uma militante experimentada e entende que na política, faz-se como o nosso quero-quero gaúcho: cantam de um lado para desviar a atenção do ninho que está em outra parte do campo.

Duvido que prosperem as intrigas, como a que sai no Estadão, de que Dilma teria ficado agastada com a repercussão dos diálogos que Lula manteve para fazer baixar a temperatura da crise criada com o episódio Palocci.

Não só não está como vai se articular com ele em todas as frentes para repelir esta ofensiva. Sabem que um vira alvo porque o outro é alvo. Porque Dilma é Lula e Lula é Dilma.

E a ajuda que Lula pode prestar a Dilma no campo da política é tão valiosa quanto a que a ele deu Dilma, ao tornar administrativa e ideologicamente mais consistente seu Governo.

E, claro, tem mais liberdade de mover-se no campo da política do que ela, que está presa aos deveres da administração e aos limites que seu cargo impõe à certa explicitude nas palavras.

Por exemplo: poderia ter dito Dilma, com todas as letras, o que disse Lula em conversas com políticos? “Esse Kassab é Serra. Não se iludam!”, não é um balizamento que, embora verdadeiro, possa vir da boca da presidenta. Mas nesta notícia, como em todas outras, um simples exame basta para ver como funciona o jogo de intrigas. O ex-presidente Lula jamais diria que é ingênuo um governo que está sendo atacado justamente na figura de um ministro que foi um dos mais importantes de seu Governo, Antonio Palocci.

A política tem seu tempo de agir. O velho senador Pinheiro Machado, ao enfrentar hostilidades, ordenou ao cocheiro que saísse com o coche dali, mas “nem tão rápido que pareça fuga, nem tão devagar que pareça afronta”.

Estes tempos difíceis serão superados, embora nos agoniem e nos façam perder, por algum tempo, um que outro companheiro de viagem.

Serão, se entendermos, Lula, Dilma e todos nós que Dilma é Lula e Lula é Dilma.

A nós, que enfrentamos o combate eleitoral – como a eles, que o protagonizaram – não há de faltar esta lucidez. A de que não vencemos para, por situações menores, por tudo a perder.


Fonte:http://www.tijolaco.com/

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Índio Guarani morto a pauladas


Neste dia o nosso parente índio Guarani foi morto por golpes repetidos na face por posseiros mandados, e logo, mais um dos nossos jovens índios, que, como frequentemente ocorre, cometeu suicídio, vítima de depressão, desesperança e alcoolismo, porque nossas Aldeias são queimadas para forçar nosso povo Guarani-Kaiowá a saírem de suas terras, para o plantio de soja e agronegócio. Te peço por favor que me ajudem á divulgar isso, pois queremos que chegue às mãos de alguma ONG internacional, ou alguma autoridade ligada á direitos humanos que possa nos ajudar, porque parece ser a única chance de freiarmos isto, uma vez que a máfia que está por trás do genocídio em curso está infiltrada em todos os ramos de órgãos oficiais e entidades, e são poucos os que têm a coragem de falar ou fazer alguma coisa, pois os mafiosos ameaçam e matam sem hesitar. E agora, como se não bastasse, no sábado do dia 23/10/2010 mais um parente indígena Pataxó Hã Hã Hãe José de Jesus Silva (Zé da Gata) de 37 anos, da Aldeia Caramuru Paraguaçu no município de Pau Brasil - Bahia, foi morto por volta das 18h 30min na estrada que liga Pau Brasil a Itaju do Colônia. O assassinato ocorreu no caminho de sua aldeia, Terras Indígenas que foi retomada recentemente, e que faz parte do processo da extensão da Terra Indígena Caramuru.
De: Ronaldo Tadeu Martins Rainha

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bem que minha mãe falou...

Sou Uma Criança, Não Entendo Nada
Erasmo Carlos
Composição : Erasmo Carlos

Antigamente quando eu me excedia
Ou fazia alguma coisa errada
Naturalmente minha mãe dizia:
"Ele é uma criança, não entende nada"...

Por dentro eu ria
Satisfeito e mudo
Eu era um homem
E entendia tudo...

Hoje só com meus problemas
Rezo muito, mas eu não me iludo
Sempre me dizem quando fico sério:
"Ele é um homem e entende tudo"...

Por dentro com
A alma tarantada
Sou uma criança
Não entendo nada...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lua Cheia deTouro II

Lua Cheia de Touro






Em 17 de maio de 2011, às 08:10 hs, horário de Brasília, foi a Lua Cheia de Touro, quando é realizada a celebração máxima do Budismo, o Festival de Wesak, no vale dos Himalaias, na India, em homenagem a Lord Gautama.

O Sol a 26 graus de Touro e a Lua a 26 de Escorpião. Creio que todos estão sentindo a vibração forte que esta lua cheia representa.

Estas imagens servem para nos conectar com essa energia e para a canalizarmos construtivamente.

Há ciclos no fluxo e refluxo das energias espirituais, com os quais os grupos, tanto quanto os indivíduos, podem conscientemente cooperar. Aproveitem para fazer uma meditação, este é o momento propício.




Fonte: Silvane Barbena

sábado, 14 de maio de 2011

Levantando da queda...???





Diz que a necessidade ensina o sapo a pular, que devagar se vai ao longe, que o melhor da queda é levantar!
Percebo que não caí! Ah! Se tal acontecesse teria visitado o 8 ou o 80!
Sinto a vida terrena como um grande exercício circense: equilibrar-se na finíssima corda bamba de existência, bela visita ao planeta!
Da altura do fio do equilíbrio, vejo os dois lados, um é a sanidade total, é loucura; o outro, é a insanidade completa, é loucura! Aí de mim se cair...
Na real, eu não caí, fiquei pendurada na corda que presentearam ao nascer!
Tivesse caído, já era!
Vejo que apenas ajustei o presente ofertado, de modo que pudesse nele continuar!
Na verdade nunca tombei, minhas mãos agarravam-se ao fio!
Entendi, também, o desenho da vida. É olhar um eletrocardiograma, muito picos e... baixos.
Partirmos, fica uma linha reta! Aí é a morada do equilíbrio, é neste fiozinho, com o sopro da vida, que se vai exercitar no picadeiro o que é viver!
Desejo boa sorte a todas e todos que vivem a mesma experiência que eu!
A humanidade!

Esse é o mundo repleto de mitos, ritos, gritos, conflitos! É tudo estranhamente metafórico e compartilhado numa via de mão dupla, a famosa Route www.

A bientôt, j'espère!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sou eu, hoje







POSTEI EM 12/05, SUMIU DO BLOG!

TRISTEZA!






Estou numa tristeza profunda. Parece febre que não passa, nem um sorriso consigo desenhar!É uma tristeza de falta de esperança. Nunca sentira assim, tão forte. Sou uma mulher que está infinitamente triste!Minha ingenuidade é tamanha que só percebo que caí quanto já estou lá.... E aí a tristeza chega e a esperança se vai!...
Mas tudo passa, nada é para sempre!


(NÃO SEI SE ESTE É FIM DA POESIA, POSTEI NO DIA 11/05,SUMIU DO BLOG, NÃO TINHA ESCRITO NO PAPEL, ESSE NÃO FALHA!)


terça-feira, 10 de maio de 2011

À minha prima, Tânia Jamardo Faillace


Tânia Jamardo Faillace nasceu em 1939, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Jornalista e escritora, entre suas obras registradas na Biblioteca Nacional está o livro Beco da Velha, que é composto de 19 volumes (7.748 páginas), escrito durante 10 anos, sendo, sem dúvida, um sério candidato ao mais extenso livro do mundo. A obra continua inédita. Publicou, além de Fuga e Adão e Eva, os livros de contos O 35º Ano de Inês, Vinde a mim os Pequeninos e Tradição, Família e Outras Estórias e o romance autobiográfico Mário/Vera. Também participou de mais de 20 antologias no Brasil e no exterior.





Fragmento do romance “Beco da Velha”




Parte II – Maria Geneci – aprendizados)


Na Luz Mortiça da Estação


Maria Geneci não foi muito longe naquela primeira viagem. Desceu numa estação rodoviária acanhada, simples ponto de venda de passagens, e perguntou: “donde é que fica esta rua?”

Quantas vezes tornaria a fazer essa pergunta, ora sorrindo, ora impaciente, ora raiva luzindo nos olhos, ora cansaço amortecendo a voz... Naquela noite, começava pura interrogação. Com um pouco de inquietude, talvez, porque nunca dormira fora de casa, e não tinha assimilado o fato de ter ido embora. Tinha ido, mas ainda não sabia o tamanho disso, como uma coisa inteira, completa, para toda a vida.

Assim, teria quase podido explicar: “Sô a fi’a do Venâncio Barros, e vim m’impregá pra num pesá mais em casa, e num percisá me casá”. E domingo, faria o caminho de volta, e levaria presentes da cidade para os irmãos, e visitaria a dona das cabras, como quem saiu e cresceu – e passearia com Alfredo à beira do Jacuí, tão virgem como antes.

Na luz mortiça da estação, Maria alisou mais uma vez o papelzinho para deixar clara a anotação de Alfredo. Os ondulados faziam sombras, talvez por isso, o bilheteiro encolhesse os ombros e nada dissesse. Maria voltou-se para o interior da sala de espera, onde o piso marrom de cimento alisado absorvia os amarelos das duas lâmpadas. E repetiu, para um banco comprido, para alguns pacotes e sacolas trançadas: “donde é que fica esta rua? Esta aqui, ó...” e leu.

Alguém lhe respondeu. Arrastou os pés com chinelos e veio de lá. Fez mais: acompanhou-a até a esquina e apontou-lhe o caminho. Um velho magro, alto, abraçado num embrulho feito em papel jornal, unhas espessas, encardidas de terra.

Maria fez que sim, e foi-se a seu destino.


A Cidade


O primeiro emprego de Maria como doméstica. Sem saber o trivial, sem lavar as mãos antes de servir, batendo as portas, gritando com visitas e fornecedores desde o sobrado, rindo alto e ficando na sala, quando se agradava de uma conversa.

Sua dificuldade em “saber o seu lugar”, em compreender isso, em decorar os horários e o regimento daquela casa, que não era sua, que não devia jamais encarar como sua. Aprender a deitar e a dormir numa cama que lhe cediam, não lhe davam. Descobrir aos poucos, em etapas, o sentido do que disse Alfredo no último dia... “semo pobre”, e o que estava junto.

Maria Geneci conhecendo a palavra “cidade”. Ninguém se pergunta se há um rio mais adiante, se os porcos são melhores que as cabras, se as galinhas já começaram a pôr... Em compensação, as pessoas, as roupas, e, principalmente, os preços das coisas, são muito importantes.

O aturdimento de Maria Geneci durou pouco. Logo percebeu que havia ali um outro mundo real, que era preciso entender para não cair fora. Diferente de antes, diferente de “lá fora”, a cidade não admite ser ignorada: expulsa quem não a conhece, quem não entra em seu jogo.

O dinheiro, por exemplo. Quem pensaria que Maria Geneci se tornaria tão hábil em matéria de preços, compras, trocos, salários, descontos, assim rapidamente? Que o dinheiro pesaria em sua mão como um penhor, um resgate?

É isto o que me mantém viva, diria ela, se tivesse o hábito das frases feitas, ao receber seu salário. De certo modo, concentravam-se ali todos os velhos significados: do primeiro ao último minuto do dia. Cada ação sua era avaliada em centavos, em cruzeiros, era somada ou subtraída a seu valor, conforme servisse à patroa ou a si mesma.

Alisava nota por nota sobre o joelho, calculando o que continham: as lavagens de roupas, de louças, de panelas, os atendimentos de porta, as faxinas, os almoços e as outras refeições, e também uma parte do vestido que pretendia comprar no mês seguinte, quando completasse seu preço. Ou o vestido se permutava com as lavagens e os almoços? Havia qualquer coisa ali, que lhe escapava. Contava e recontava seu salário no rastro de uma idéia obstinada e esquiva.

Quando desistia, deitava-se em sua cama de armar (semelhante à de seus irmãos pequenos), e sonhava um sonho nebuloso, onde entravam bandidos, montes de dinheiro, um rio imenso, parecido a um braço de mar – e já se erguiam montanhas pedregosas, e cascos ágeis trotavam encosta acima, para um cume aberto, ventoso e azul.

Era quando o peito de alguém – dela mesma? – dilatava-se na ânsia de tomar mais ar, de engolir o céu, as cabras, o tesouro dos bandidos, os próprios bandidos... tão grande, tão amplo, que cabiam toda a terra e todo o mar dentro. Porém esse peito era generoso e não os destruía: sugava-os para enriquecê-los, para devolvê-los mais bonitos, mais brilhantes, mais novos.

Na volta, na descida, era uma onda mansa e terna que lavava a praia, redemoinhava nos buracos cavados pelos tatuís.

Maria Geneci distinguia agora o que era fingimento e o que era de verdade. Só que havia fingimentos – quer dizer, coisas que não existiam de ver e apalpar – muito reais.


FONTE: http://www.becodavelha.com/beco%2004%20-%2024%20-%20port.htm

sábado, 7 de maio de 2011

Fragilidade, o teu nome é mulher!



Fragilidade, o teu nome é mulher! Esta exclamação, saída de Shakespeare, bem simboliza o grau de respeito com o qual as mulheres deveriam ser tratadas. Já não é de hoje, porém, que a realidade é outra, como tristemente constatou Montesquieu ao lamentar que “o desrespeito pelas mulheres tem sido constantemente o sinal mais indicativo da corrupção moral”.
É assim que no Brasil, conforme pesquisa da Sociedade de Vitimologia Internacional, 25% das mulheres são vítimas de violência doméstica, e 70% das mulheres assassinadas foram vítimas dos próprios maridos.

Na Suíça, especialistas denunciaram que a violência doméstica é uma ameaça mais séria para a Sociedade do que o crime organizado.

Na Espanha, conforme o jornal El Mundo, a violência contra as mulheres tem gerado mais de 50.000 denúncias a cada ano.

No México, segundo o jornal El Imparcial, “a Pesquisa Nacional sobre Violência contra as Mulheres, realizada pela Secretaria de Saúde, registrou que pelo menos 60% das mulheres têm sido vítimas de algum tipo de violência durante suas vidas por parte do marido ou algum outro membro de suas famílias”.

“A violência doméstica é um problema crescente no Reino Unido, com 830 casos registrados a cada dia”.

Na Índia, conforme registrou o jornal The Times of India, “37% das mulheres casadas são vítimas de violência por parte dos maridos”.

No Irã, uma mulher chegou a ir aos Tribunais pedindo uma ordem judicial que limitasse o número de surras que levava de seu marido.

E aí vai!!!A humanidade quer ir a Marte, mas ainda não consegue conviver civilizamente nem dentro de casa!!!






Pedro Valls Feu Rosa in http://araretamaumamulher.blogspot.com/2010/11/fragilidade-o-teu-nome-e-mulher.html/adaptado por Renata

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mãe!





Mãe, obrigada por ser sua filha!


Minha Mãe

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doida ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filha, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tua irmã pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, minha filha, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.




Fonte: www.releituras.com (c/adaptações)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

DIA DAS MÃES/Falo a minha mãe e a meu filho






O que minha mãe me deu e quero sempre dar a meu filho!




Proteção é te incentivar a avançar e alertar-te para os perigos, ajudar-te a pensar por ti mesmo! É te dar a liberdade para fazeres tuas escolhas! Deixar-te voar, atento aos limites, para que não te percas numa imensidão!
Ah! Mas eles, os limites, se vão abrindo! Mostrando-te novos horizontes, que podem te apontar, conforme trabalhares isso, o caminho para que realize teus sonhos!

Filho, há coisas boas que doem, mas eu vou estar sempre aqui!