quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

RODALHO...

RENATA BEIRO

Debruçada
Qual oleira
Parindo
Vas
Dedilho
Insipiente
D'onde isso
Vai dar...
Escrita
Mal dita
Bendita
É orfandade
A rodar...
Embriaga-me
Os sentidos...
Não sei
D'onde isso
Vai dar...
Um oceano
Contido
Difícil é
Refrear...
Uma
Não mais
De vidas minhas
Quero moldar...
Sem de mim
Ocultar
Em alvaçuz
Acobertar
Ou divagar,
Pensamentos
Recorrentes
De um lugar...
Sem amorfias
Frias
A enganar!
Devaneios...
Sou cobra
A me picar!
Emordaçada,
Tranco
Janelas
Portas...
Silencio
Calo-me
Cerco-me
De indolores
Dores
Sem coscuvilheir@s
A me assaltar...








domingo, 23 de fevereiro de 2014

LOUCURAS DA VIDA...

RENATA BEIRO & VILMA ANDRADE

Ânimo
Fomenta
Animosidade
Lacrimosos
Instintos
Entorpecidos
Contidos
Refreando
Uma
Apenas
Uma
Oportunidade...
Oh face encoberta....
Emordaçada
Aferra
Tuas comportas,
Ocultando
Em teus porões
Sonhos
Manifestos
De amor...
Sem dormir
Despertas,
Mitigas
Em doces
Anseios
Teus devaneios pueris...
E aos pés
Dessa estrada
Infinita
A curta jornada
Da vida,
Silencias
Em teu peito,
Quão triste!
O jorro
De amor
E liberdade!
Sem dia
Sem hora
Sem tempo!
A vagar,
Carência
Recorrente
De um lugar...
E por assim ser
A existência
Impede-te
Conjugar
O verbo amar...

sábado, 8 de fevereiro de 2014

TEMPO...

Vilma Andrade e Renata Beiro

Moldura
D'uma janela
É que sou...
O cheiro do vento
Ligeiro sopra
Sinto!
Invade-me
As narinas...
Destempero
De de ora...
Leva sonhos
Devaneios
Correndo
Veloz
Nos trilhos do tempo...
Sem pensar
Com pesar
Sem parar...
Comendo mel
Vômitos
De fel...
Elevo olhos
Ao céu
Céus!!!
Na linha
Atemporal
De tal tempo
Que limites
Não tem
Vejo teu rosto
Nos estilhaços
Do sol!
Ironia...
Escasso tempo
Senil
Um descaso
Verossímil...
Hoje
Corre
Escoa
Grão de areia
Vazando vida!!!
Viro a vida
Espiral infinita
Em cada ponto
Me encontro...
Liberta é a alma
Enfim...
A agonia
Infinda
Tem fim...
Lágrimas
Qual cristais
Espalham-se
Em torrentes
De mar sem fim...
Jorram brandas
As tormentas...
Calmas ondas
Insanas dores...
Brilha, agora,
Um luzeiro!
Em algum ponto
Do infinito...
Um eterno
Efêmero
Amor
Verdadeiro...




(desconheço autoria da imagem)