segunda-feira, 28 de abril de 2014

PAIXÃO...

RENATA BEIRO e VILMA ANDRADE

Eu não sabia
Se pousava
Ou voava
O que sei
E bem sei
De que lado
Me encontrava
Não sei se treva
Ou luz
Sei do ardor
Do amor que a teu corpo
Me conduz...
Se pecadora sou
Perdão por paixão
Terei...
Pois o maior pecado
É não te desfrutar
Dentro mim...
Sem desgosto
A espreitar
Em teu corpo
Ardente
Tão quente
Não penso mais
É difícil respirar...
Grudaste teu gosto,
Sem nem licença pedir
Carícias, lambidas,
Abraços, beijos, afagos
Te quero assim
Pertinho de mim...



(Imagem de Pintura - Rob Hefferan - Dance)

sábado, 26 de abril de 2014

ENGANO...

RENATA BEIRO

Deito-me
Em profunda
Tristeza...
Teci
A noite de fantasias
Foi vento
Tempestade
Poeira pura...
Julgada
Impura
Sigo meu caminho
E bem sei
As estradas
Que percorri...
Chorei em falsete
Gritei silente...
Enganei-me consciente
Inconscientemente
De verdades
Impingidas...
Rolei, pedras rudes
Machuquei-me
Tal o querer dos seres
Infectada...
Afastem-se,
Sem favor!
O vinho
Da impiedade
Provei!
Abuso inimaginável
Censura ao expressar
Nem saí
Aqui restei
Me deixem
Ide-vos!
De refém
Fizeram-me
Em cérebro
Não meu...
Culpas
Escondem-se
Na loucura...
Embriaguei-me
Da má vontade
De amiga vestida...
Aonde cheguei
Não sei voltar...
Sou criança
Pedindo socorro...
A solidão refrigera
Meu coração...
Não peço, nem quero
Falsidade do perdão...
Me contento
Numa saída encontrar...
Um lugar, qualquer
P'ra minha'alma descansar...
Vou jogar ao vento
A panos...
De alma e coração
Abertos
Estou perdida
Mesmo sem saber...












sexta-feira, 25 de abril de 2014

PALAVRAS...

RENATA BEIRO

Se ventos
Acalmam minha mãos
Vejo rumo
Meu coração
Pleno de tantos segredos
Sem tempo...
Guardaria
Meus sentimento
Sonharia
Com a calma
Do mar...



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ilusão!

RENATA BEIRO

Platão
Meu irmão
De volta à caverna
Leva-me então...
Ao dela sair
Vi um mundo
Desencantos
Desilusões
Decepções...
Cidade bela
Kallipolis
Seja Atlântida ou Esparta
Quero voltar
Ao mundo de ilusão
Sair dela foi erro
Por louca tida fui...
Volto ao mundo
Da ilusão...
Agradeço
Noutro mundo
Não quero ficar...

quinta-feira, 3 de abril de 2014

JOSÉ!

RENATA BEIRO

Pe. José Gustavo Gonçalves é um grande amigo, poeta ímpar! Adoro o José! Escrevi com carinho, meu irmão!!!
(Versos- Meu Bom josé: George Moustaki/ José: Carlos D. de Andrade), saiu assim:


José, és um rio
Águas calmas
A acalmar...
Um canto
Recanto
Que encanto!
José, és o remanso
Manso
A se buscar...
Sabes esta vida levar,
Muitos risos
E tanto a falar
José é assim!
Amigo Poeta
Sacerdócio
Respeito
É opção...
Poeta por vocação!
"E agora, José,
A festa acabou
A luz apagou
E agora, José???"
"Por que será
Meu bom José,
Que este teu belo
Filho um dia
Andou com estranhas ideias
Que fizeram
Chorar Maria???"

quarta-feira, 2 de abril de 2014

NOITE...

RENATA BEIRO

Anoiteço ao acordar
Procuro me encontrar
De tudo quero provar...

Pequenas grandes coisas
Me levam a nenhum lugar
Aqui, ali, acolá...

Fantasma sou, a vagar
Me perdi
Lembranças do que fui
Em arrogantes disputas vis...

O presente não é hoje
Soberbas besteiras alheias
Onde caí, em algum lugar restou...

terça-feira, 1 de abril de 2014

Não Sei...

RENATA BEIRO

Perdoa-me, por te amar
Perdoa-me, pela noite não ser dia...
Perdoa-me, pela vida infringida...
Perdoa-me, pelo lago não ser rio
Perdoa-me, mil vezes pelo que sou...
Perdoa-me...
Perdoa-me pela paixão
Perdoa-me COMpaixão
Perdoa-me...
Perdoa-me por te amar
Tanto assim...

domingo, 23 de março de 2014

?

RENATA BEIRO

Amigo Platão
Desmistificado
O mito
Entendo
A ilusão...
Mas, meu irmão
A desilusão
É tudo ou nada?
Que louca parada...

sexta-feira, 21 de março de 2014

DESSE JEITO...




RENATA BEIRO

Escorpianina
Ascendente em peixes
Filha de Oxum
Tudo água
Não brigo com pedras
Passo por elas...
Idealista
Da verdade
Transmito
Tb minto
Sensações
Sinto
Sentimentos
Intensos
Tumultuo
Crio situações
Só p'ra inventar
Confusão...
Coisa de signos
Guardo mistérios
Esotéricos segredos
Reverencio Gaia
A Grande Mãe...
Choro a tristeza alheia
Intuo perigos
Medo não sinto
Desconheço limites...

quarta-feira, 19 de março de 2014

DESENCONTROS...

RENATA BEIRO e LUIZ CARLOS MARASCO


Nos desencontros
Que tem na vida
Tão decantada
Eu te procuro
E não te encontro
Que passa nada...
Bate a janela
Eu te enxergo
Não vejo nada....
O que fazer
Sigo estradas
Tão coloridas
Esmaecidas
Desencantadas
Por ti eu clamo
E te reclamo
Não ouço nada...
É desencontro
Querendo encontro
Um caminho morto
Um desalento
Vem com o vento
P'ra estas paradas
Procuro em ti
O que em outr@s
Não foi achado...
Criando frases
Palavras lindas
Tão indolores
Plenas de amores
P'ra te falar...
Te busco hoje
Sempre
E outra vez...
Parar não posso
Preciso te encontrar
Onde buscar?
Sei que preciso
Te encontrar
E não parar
Não encontro...
Pensei achar!
Frio na barriga
Ansiedade
De tal vontade
Mais desencontros
Pensei, não cansei...
Não encontrei
Parar não vou
Tenho que achar!
Onde buscar?

terça-feira, 11 de março de 2014

Nem sei...




RENATA BEIRO & VILMA ANDRADE


Possível é
Abraços que quebram,
Quebrantam
O coração...
Olhos que queimam,
Sem luz alguma...
Mão que afaga
Maltrata
Roubado coração...
Palavras não ditas
P'ra quê?
Silêncios eloquentes
Gritos silentes
Será um amor
Que arrebata
Arrefece
Enlouquece
Feito prece?
Eleva-se
E caí no chão...
Sem partilha
Ou partição
Anônima no coração
Sem reservas
Sem perdão...
Caos no coração...
Alma do avesso
Obverso
Instante perverso...
Reverso da paz!
Impossível sem...
Com ele jamais!
Não mais...

VI...

RENATA BEIRO & VILMA ANDRADE



Cosmos, nuvens,
Eu vi...
Me chamem de louca
Importa-me se vi...
A poesia
Bailava...
Eu vi!
Mais,
Senti...
@ poeta
Derramando letras
Mostrando
A alma...
Eu vi!
Me chamem de louca
Importa-me se vi...
O momento
Estupendo do parto...
Partindo a alma,
Resgatando a vida...
Eu vi!







sábado, 8 de março de 2014

REAL MENTE...

RENATA BEIRO

Sonho com anjos
Êxtase original
Adorações...
Toscos barcos
De besteiras
Inúteis...
Piedosos gritos
Carregam flores
Celebrando
A vida
Cidadã andarilha...
Bombas angelicais
Repletas de ódio e perdão
Invadem minha noite
Ocidental
Arrancam
Memórias humanas
Como as guerras
Fazem assim...
Bocas cospem farpas...
Em saudade
Entoo a Internacional!
Paredes irreais
Desabem
Gotejam
Na porta do meu quintal...
Sagrado
Mundo
Imundo
Saudando
Coliformes
FATAIS!!!























(Foto-manipulações de Tom Chambers)

quinta-feira, 6 de março de 2014

QUERER...

RENATA BEIRO

No céu
Tamanha luz
Vestida
De lua
Navego
Em mar azul...
Passeando
Co'as estrelas
Clareando-me
Docemente
Procuro-te
Em noite escura...
Envolvo-me
Em teu corpo
Pele nua
Precisas mãos
Desejo
A encantar
E a desejar
É que te encontro...
Vibra-me
Em paixão
O corpo todo...
A forma
Da verdade
Em meus lábios
Beijos úmidos
Teus!
Lúcidos
Vorazes
Mas gentis...
Quão bom
Amar assim
Sou lírio
Flor em ninho
A te fazer jorrar...
Num instante
Nada distante
Convulsa
Confusa
Abraçamo-nos
Repouso
Meu pouso
Em teu dorso...
Somamos
Somos
Nós
Somente
Nós...


(desconheço autoria da imagem)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

RODALHO...

RENATA BEIRO

Debruçada
Qual oleira
Parindo
Vas
Dedilho
Insipiente
D'onde isso
Vai dar...
Escrita
Mal dita
Bendita
É orfandade
A rodar...
Embriaga-me
Os sentidos...
Não sei
D'onde isso
Vai dar...
Um oceano
Contido
Difícil é
Refrear...
Uma
Não mais
De vidas minhas
Quero moldar...
Sem de mim
Ocultar
Em alvaçuz
Acobertar
Ou divagar,
Pensamentos
Recorrentes
De um lugar...
Sem amorfias
Frias
A enganar!
Devaneios...
Sou cobra
A me picar!
Emordaçada,
Tranco
Janelas
Portas...
Silencio
Calo-me
Cerco-me
De indolores
Dores
Sem coscuvilheir@s
A me assaltar...








domingo, 23 de fevereiro de 2014

LOUCURAS DA VIDA...

RENATA BEIRO & VILMA ANDRADE

Ânimo
Fomenta
Animosidade
Lacrimosos
Instintos
Entorpecidos
Contidos
Refreando
Uma
Apenas
Uma
Oportunidade...
Oh face encoberta....
Emordaçada
Aferra
Tuas comportas,
Ocultando
Em teus porões
Sonhos
Manifestos
De amor...
Sem dormir
Despertas,
Mitigas
Em doces
Anseios
Teus devaneios pueris...
E aos pés
Dessa estrada
Infinita
A curta jornada
Da vida,
Silencias
Em teu peito,
Quão triste!
O jorro
De amor
E liberdade!
Sem dia
Sem hora
Sem tempo!
A vagar,
Carência
Recorrente
De um lugar...
E por assim ser
A existência
Impede-te
Conjugar
O verbo amar...

sábado, 8 de fevereiro de 2014

TEMPO...

Vilma Andrade e Renata Beiro

Moldura
D'uma janela
É que sou...
O cheiro do vento
Ligeiro sopra
Sinto!
Invade-me
As narinas...
Destempero
De de ora...
Leva sonhos
Devaneios
Correndo
Veloz
Nos trilhos do tempo...
Sem pensar
Com pesar
Sem parar...
Comendo mel
Vômitos
De fel...
Elevo olhos
Ao céu
Céus!!!
Na linha
Atemporal
De tal tempo
Que limites
Não tem
Vejo teu rosto
Nos estilhaços
Do sol!
Ironia...
Escasso tempo
Senil
Um descaso
Verossímil...
Hoje
Corre
Escoa
Grão de areia
Vazando vida!!!
Viro a vida
Espiral infinita
Em cada ponto
Me encontro...
Liberta é a alma
Enfim...
A agonia
Infinda
Tem fim...
Lágrimas
Qual cristais
Espalham-se
Em torrentes
De mar sem fim...
Jorram brandas
As tormentas...
Calmas ondas
Insanas dores...
Brilha, agora,
Um luzeiro!
Em algum ponto
Do infinito...
Um eterno
Efêmero
Amor
Verdadeiro...




(desconheço autoria da imagem)










sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MÁSCARAS...

Renata Beiro & Vilma Andrade

Nada fácil
É a labuta
Peremptórias
Tuas falsas
Lutas...
Pior, ainda,
Olhar-te
Vanidade exaustiva,
Pois vestes
A máscara
Do sorriso fácil...
Melhor seria
Abrir-te o peito
Exumar a dor
Que te corrói!
Cobrança justa
Do frenético ritmo
De tua vida,
Embalada e medida
Na lassitude
Da tua loucura...
Ora! Pedes
Conclamas
Tal quem possa
Se nada podes
Ironia
E cantas e danças
Sob a égide
De tua triste agonia...
Paralogismo vital!
Tropeçando,
Em rotas rodilhas,
Crias rotas
De mil fantasias...
Dest'arte
Que se baixe
Tua cortina...
Cruza em galopes
A teatral coxia
E, no camarim
De tu'alma,
Pinta e repinta
Teu rosto
Não haverá
Tintura bastante
P'ras impiedosas lágrimas
Conseguires esconder....
Em tal pintura,
Não digna
De teus delírios
Infindos,
Escondes-te
Inutilmente
Em máscaras,
Utilizando-te
Da pintura
Teu real
Rosto
É mostrado...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SEMEAR...

RENATA BEIRO e VILMA ANDRADE

Pensar
Não quero...
Sentir
Desejo...
Das entranhas
Visceralmente
Perceber
A angústia
Alimenta-se
De sóis...
Manto
Sacrossanto
Em meio
A tantas gentes
Me percebo...
Solidão
Há!
Num universo
Onírico
Povoado
De cores
Sabores
Sons
De silenciosas
Vozes...
Atormentam
Rebentam
Fantasias...
Imagens
De um mundo
Concretado...
Em lentos passos
Engano
Vozes
Vorazes...
Cerro os lábios
Guardo
Murmurantes
Gritos
Quais lágrimas
Vertiginosa
Mentes
Que ao escaldar
Sulcam
Terra
Colhem
Estrelas
Semeando
Rosas
Onde nada
Jamais
Semeado
Seria...


domingo, 19 de janeiro de 2014

VIDA É O QUE É...

Vilma Andrade e Renata Beiro

Vida
Revida
Revivida....
Num salto
Ao alto
Do maior
Prédio
Quiçá
Do mundo
Estendo a mão
Toco em uma estrela
Ao vê-la
Sinto
Vejo
A luz
Reluz
Não me ressinto
Apenas
Pelas naridas
Percebo
Poeira
Cómica
Estelar...
Gratidão
De mãos
E pés
No chão...
Entretanto
E um tanto
És a voz
Que
Abala...
Cala!!
Induz
Conduz...
Nasce
Renasce
Acalmando
A dor
De um amor
Arranca o amor
Do peito meu...
Amor que abrasa
Envolve e revolve
No infinito eu...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

SALVE!!!

RENATA BEIRO

Salve
Santas
E santos...
Salve
o sano
Insano
Salve!
Salvem
Dos enganos
Salve...
Sol
E Lua
Salve!
Salve
A vida
'Inda que curta
Mesmo assim
Salve!
Às Mulheres
Salvem
As crianças
Salvem...
Salve!
Os tombos
Amortizados
Salve!
Customizando
A poeta
Adriane Garcia
Conhece a ti mesm@
E assim
Bem assim
Vais amar
@ próxim@...
Loucura
Cura
Não tem...
Em natural
Êxtase
Sonho
Com anjos!
Salve
Os anjos!
De suas bocas
Não expelem farpas...
Salve!
Celebrar a vida
Com viandantes
Cidadãos(ãs)
Salve!
E salve
O abençoado
Mundo
E o globo ocular...
Salve!