sábado, 26 de abril de 2014

ENGANO...

RENATA BEIRO

Deito-me
Em profunda
Tristeza...
Teci
A noite de fantasias
Foi vento
Tempestade
Poeira pura...
Julgada
Impura
Sigo meu caminho
E bem sei
As estradas
Que percorri...
Chorei em falsete
Gritei silente...
Enganei-me consciente
Inconscientemente
De verdades
Impingidas...
Rolei, pedras rudes
Machuquei-me
Tal o querer dos seres
Infectada...
Afastem-se,
Sem favor!
O vinho
Da impiedade
Provei!
Abuso inimaginável
Censura ao expressar
Nem saí
Aqui restei
Me deixem
Ide-vos!
De refém
Fizeram-me
Em cérebro
Não meu...
Culpas
Escondem-se
Na loucura...
Embriaguei-me
Da má vontade
De amiga vestida...
Aonde cheguei
Não sei voltar...
Sou criança
Pedindo socorro...
A solidão refrigera
Meu coração...
Não peço, nem quero
Falsidade do perdão...
Me contento
Numa saída encontrar...
Um lugar, qualquer
P'ra minha'alma descansar...
Vou jogar ao vento
A panos...
De alma e coração
Abertos
Estou perdida
Mesmo sem saber...












Um comentário: