segunda-feira, 22 de julho de 2013

ARCA...

RENATA BEIRO

Sincera verdade
Insanidade, trás..
Sonhei...
Os mais belos
De todos os sonhos....
Não percebi...
Que as esperanças
São nossas apenas
De mais ninguém...
No sonho insano
Em terras não minhas
Construí....
Bem aí, eu me perdi...
Teci com imenso amor
E tanto carinho
Qual ave ao fazer
O ninho...
Uma arca
Sedenta de nela pôr
A quem tenho
Em maior amor...
Tempestades
Não previ...
Botes e remos
Que erro!!!
Não construí!!!
Vendo somente
Sol e Lua
Num horizonte
Quente...
Feliz, vibrei...
O turbilhão se fez...
Timoneira de primeira mão
Atônita fiquei...
Como errei...
A nau segura
Não se segura mais...
Sucumbiu
Afundou e depositou
Meus amores, sentimentos
Num mar profundo...
Mergulhei fundo,
Incansavelmente procurei...
Busquei,
Não encontrei...
O sonho não era meu...
Na procura
'inda que escura
À exaustão
Fiquei eu...
Arca, nau
Foi em vão
Ouvi meu coração...
As esperas
Nem sempre são
O que se espera...
Afundou!


(Desconheço autoria da imagem!)