quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SOS MULHER VII


RENATA BEIRO
(18/08/11)


Vinha pela noitinha
A mãe e as criancinhas
Estavam naquela casinha...
Vento bom
Vento mau
Chegada do vendaval...
Tinha o cinto como arma
Uma arma no cinto também
Calibre... não sei qual...
De tal intento
E "isento de qualquer mal"
Da família fazer exemplo
Continência!!!
Obediência!!!
O "bom" homem
Por livre arbítrio
Arbitrou
A mãe, pobre coitada,
De coito também gritou
No corre-corre
Culpa de ré
Não escapou de pontapés...
O calibre sobre a mesa
Era boa sobremesa
Vítimas de tal proeza
Os filhos assistiam em pé...
Passado um pouco de tempo
Ainda não satisfeito
De seu inventos "perfeitos"
Numa atitude democrática
O círculo, ele abriu...
As crianças agora choravam
Das pancadas que levavam...
A vida foi passando...
Ele se apossando...
Mas num dia
Não um qualquer
Acabou!!!
Inerte, ele tombou...
Mas herança deixou...
Lembranças tão doloridas
Choram, ainda, as vítimas
Herdeiras do desamor
Querendo mudar o mundo
Para viverem de amor...

2 comentários:

  1. E mudam! Você é uma destas mudanças, beijinhos e grata pelo belo e real poema.

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  2. Que lindo Renata, só hoje vi sua postagem. Sou um tanto abestalhada. Vivo sonhando acordada. Sei que não vou conseguir mudar o mundo mas gostaria de viver de amor. Bjs

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