segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

INSANA INQUISIÇÃO...


RENATA BEIRO

(10/01/12)

Foi assim
E assim foi...
Uma mulher
Apenas
Uma
Não voava
Qual a pluma...
Diante
De júri
Pelo qual
Fora, pois,
Noutro tempo
Julgada
Dest'hora
Recusou
Apelidar-se
Herética...
Desviada
De ideais
Regurgitados
Da turba
De pensamentos
Comum
Unitários
Viu
Ouviu
Falsas verdades...
Negou-se neófita
Desafiou
Sem nem pensar
Inclementes
Templários
Por Klepoth
Guiados!
Numa pressa
Indulgente
Lançaram
Suas sementes...
Despreocupados
De serem
Medidos
Por mesmo juízo
Usado...
E feita,
Em meio à poeira
De tão sugesta
Nojeira,
Galho a galho,
A esperada
Fogueira...
Esquecido
Julgamento
Veredito foi dado
Condenada
A condenada...
Em tronco
Foi amarrada...
Finos gravetos
Mirava
Isso
Em meio à candeia
Vela de moribunda...
Viu o fogo
Em línguas
Labaredas
Embevecer-se
Em fogueira!
Viva
Queimada
Rito atroz...
Riu
Do pior algoz...
De elemento água
No fogo,
Purificada...
Vida
Bela
Ou feia
É medida
Pela maldade
Usada...
Viu sorrir
Fênix e Pandora...
A água
Limpou o sujo
Fogo, limpeza cósmica
De tal proeza
Portando clareza
Incólume
Saiu
Da tristeza
Da fogueira
Da besteira
De humanismo
Insólito,
Insolidário
Ávido
E mesquinho...
Que pena!
Exclamou
Sorrindo!
Leva
No mal
Que é feito
Cada qual
As suas
As duras penas
Da vida escolhida...
Que pena!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário