quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RESTA DESCOBERTA...


RENATA BEIRO/PAULO CARVALHO
(08/11/11)

Lágrima
A escorrer
Dramático
O apático
Do mel
O drama...
Pálida lembrança
É o que foste?
História de sonho
Vontade não revelada...
Alegria roubada
Não entendo
O tudo
Ou quase nada...
Seco mágoas
Em panos úmidos
Panos
E planos
Em meio a tanto
Tudo
E nada...
Olhar parado
Ao luar...
Tento
A contento
Te desvendar
Verdades nuas...
Teu rosto
É mesmo feito
Da tal ternura?
Na rua escura
Na beira do mar...
Ondas
Redondas
Sem redomas
Pra me guardar...
Lançaste espinhenta seta
A me acertar?
Apostei ganhar!
Da luta
Não me esquivar!
De volta...
Sem revolta
Voltar marchar...
Sacrilégio
Ver mágoa
Em belo luar...
Filha da lua
A te observar
Rende-te a ela
Mulher é luar...
Do nada feito
É um lamento
Deixar ficar?
Sinto meus olhos
Lacrimejar...
Da tua medida
Justa és
Esperei escritos
Que não aos gritos
Mas tal e qual
Mitos e ritos
Sentimentos
Vivos...
Voar às cegas
Eternizar
Esse sentir...
Do breve
Em breve
Vem!
De ti
Esperei ouvir...
Estremeço
Penso...
Como pode alguém
Amor negar...
O que resta?
Tantas arestas
A consertar...
E tua voz?
Ausente, nos escritos
A me negar...
Lenta
Mente
Devagar
Reviro tudo...
E num segundo
O novo mundo
A me mirar!
Abre-se a porta!
Vou em frente
Sinto
É e no ar
São boas novas
A me encontrar...
Liberto-me
Do meu poente!
Fiz-me contente!
Nova vertente
Acalentar-me
E não ausente...
É rumo certo
A me apontar!


Nenhum comentário:

Postar um comentário