sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ecos...


RENATA BEIRO

(29/10/11)


Amar é
Grito sem eco...
Por certo
Um caos
Sem noção...
Abertas veias
Ignorada dor
Anestesiada
Faz-se indolor...
Julgada
Condenada
Um júri
Sem calor
Sem pudor...
Por bem querer
Vilã virei
Não o que sou
Mas do que sei...
Mas dou-me
Um basta!
Que raios caiam
Berrem os trovões
Rasguem, pois,
A imensidão
Do firmamento!
É de lamento
Meu canto
Lamento...
E muito...
Vontades sumidas
Inspiração perdida
Que vida!
Fatigada...
De tal modo cansada...
Lembro das cores
Juras
Sabores
Que ora
Invadem
Dilaceram...
Heranças
Inesquecidas...
Cor incolor
Teu braço de amor
Puro prazer
De sangue a ferver...
Sem condição,
Na solidão
Dou-te adeus...
É minha hora
Vou-me quieta
Ao meu abrigo
E sem perdão
Sepulcro
Dos sem razão...
Por amor
Desafiei mundos
Pulei muros
Pisei espinhos
Queria de ti
E se queria
A luz
Sem me cegar
E tua
Por inteiro seria...
Ria!
Está clareando
Tristezas
Que trás
O dia...
Quis te ver
Sentir...
Até o mundo
Quis salvar!!!
Trágica comédia...
Estava eu mesma
Completamente perdida...

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